José Carlos Paulista é o novo técnico do Joinville – pelo menos até que a diretoria entre em consenso sobre o nome do próximo contratado (que seria o quarto no ano). Paulista foi ex-auxiliar técnico de José Luiz Carbone, que só soube oficialmente de sua demissão no começo da tarde desta segunda, dia 26. Carbone considerou a decisão foi precipitada e não respeitou seu currículo como técnico de futebol.

A demissão ocorreu no mesmo dia em que o time contratou um novo gerente de futebol, Manoel dos Santos. Segundo o dirigente, o clube cogitou a contratação de Adilson Batista, mas descartou após saber que ele havia fechado com o Paraná Clube.

O nome do próximo treinador pode sair a qualquer momento, mas Manoel dos Santos acredita que José Carlos tem condições de comandar o time até sábado, quando joga em casa contra o Paulista.

O diretor de futebol Luis Alberto Nascimento disse que a demissão de Carbone não o agrada, mas afirma que a pressão da torcida falou mais alto do que o profissionalismo de Carbone.

– No Brasil não se segura técnico com quatro derrotas em cinco jogos – afirmou Carbone.

Para ele, mais uma vez o treinador pagou pelos erros do grupo.

– Fui condenado pelo erro de ter escalado o Márcio Santos sem condições de jogo – contou o técnico.

Ele afirmou que acreditou na palavra do jogador e do preparador físico de que o zagueiro podia jogar.

– Mas todos vimos que não – disse, lembrando do jogo do JEC contra o América-RN, no Ernestão, em que o time perdeu por 4 a 2, com falhas do zagueiro que resultaram em pelo menos dois gols.

Carbone se diz ainda mais decepcionado com o futebol brasileiro e já faz contatos com times fora do país.

– Não ficaria tão aborrecido se estivesse no clube há mais tempo. Não dá para julgar menos de dois meses de trabalho – reclamou – Eles (a diretoria) não discutem premiação para os jogadores e querem que o time não fique desanimado.